Mundo de fantasia real!

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Fala, galera, tudo bem? Voltando para o meu segundo dia de experiências por aqui. E a ideia é não deixar ninguém frustrado, então, o assunto de hoje é a nossa rede social: Via Urgente Net. Como vocês já sabem, porque eu coloquei no post da semana passada, a ideia das trocas de mensagens via carta foi da nossa amiga blogueira Fernanda Rosa.

Começamos a trocar as primeiras cartinhas, muito bem pensadas e elaboradas (era o que a gente achava kkk), porque estávamos em um momento de transição da infância para a adolescência.

O esquema de trocas era o seguinte: você escrevia para alguém do grupo de amigos e essa pessoa tinha que responder, TINHA. Coloquei o verbo ‘ter’ flexionado em letras maiúsculas, porque a gente não aceitava o não como resposta (kkkk).

Então vamos lá! Na época, por volta de 1900 e bolinhas, a maioria no auge dos seus 10, 12 anos, passava pela transição para a sonhada ‘aborrecência’ de forma lenta. Algumas cartas eram escritas para demonstrar um ato ou uma ação de um colega que não agradou, e outras eram para manifestar a amizade, dizer que tudo estava bem e que nós estávamos lá uns para os outros (óinnn <3).

Mas eu não posso esquecer das cartinhas de fofocas. Sabe, aquelas que a gente comenta sobre Fulano? Então, era bem assim: “Oi, Beltrano, tudo bem? Você sabia que a Fulana gosta de Sicrano e que o Sicrano beijou a outra Fulana?” Ô telefone sem fio por cartas; minha nossa! Mas, eu sou obrigada a admitir que o friozinho na barriga de ficar por dentro dos assuntos era muito gostoso.

Ah, mas tinham as cartinhas amorosas. Aquelas que os meninos se declaravam para as meninas, que vinham com direito a florezinhas e perfume no papel. Como é bom lembrar de uma época que não tínhamos grandes preocupações.

Agora, o mais emocionante era não saber de qual pessoa você receberia a próxima mensagem ou se teria alguma declaração de amor juvenil. Sabe aquele friozinho gostoso na barriga que eu acabei de comentar? Então, consigo lembrar dele e sentir agora.

Nós éramos um grupo de mais de 10 crianças. Algumas, eu mantenho contato até hoje e me orgulho muito disso. Outras, infelizmente, não vejo mais. Mas, graças às amigas de infância fiéis, eu consegui alguns feedbacks de como era essa troca de cartinhas para elas. Uma esperava ansiosa pela resposta; outra lembrou que nós sempre usávamos folhas de revista para fazer o envelope; já, outra recordou que a Fernanda só dava as melhores figurinhas dela se tivesse recebido uma carta linda! (Agora ela me mata por ter escrito. Só pra deixar claro que essa não fui eu que lembrei kkk) 😂😂😂

Ai, Ai! Bons tempos. Eu posso dizer que eu adorava escrever as minhas cartinhas em papéis de carta. Quem aí lembra ou trocava? Nossa eu tinha (tenho ainda) uma coleção deles (pecado do meu pai que gastou tanto dinheiro com as loucuras da filha kkk). Mas isso é papo para outro dia! Até mais!

Ps. o post de hoje demorou a sair, porque as ‘crianças-adultas’ ficaram procurando uma cartinha daqueles tempos. Resultado: sem sucesso.

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